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“Um Clube Vivo é um Clube Participado”
6-2-2016 - Troia-Foia
No passado dia 6 de Fevereiro, os Audaciosos juntaram-se para fazer uma clássica do cicloturismo nacional, o Troia-Foia. A nós junto-se o Maia e a Patricia Carvalho. A Patricia conduziu a carrinha do CSA de Troia até ao Alto da Foia, damo-nos o apoio necessário. A ela e à sua boa vontade o nosso muito obrigado! Formamos uma equipa com cinco elementos, quatro a pedalar e um a apoiar.
O tróia fóia nasceu há quatro anos quando meia dúzia de duros achou que o tróia sagres era para «meninos» e que se quis superar ainda mais com aqueles 40kms finais de montanhas e vales.Este raid cicloturístico é constituído por 194 kms com 2569 metros de desnível positivo ( de subidas!). Percurso essencialmente rolante até Algeruz, tirando a subida de Odeceixe. A partir de Algeruz começa um sobe e desce de 40 kms até Monchique. Terminando com 8 kms de subida até ao alto da Foia.
Encontro combinado para a madrugada de dia 6, mas que se deu um pouco mais tarde que o previsto, porque alguém adormeceu e foi logo o "dono" da carrinha. Percalço superado e fizemos o arranque para Troia onde chegamos depois das 6 da madrugada.
Depois de equipados e dos aprontamentos feitos feitos, montamos nas bicicletas rumo a Foia. Primeiros quilómetros feitos a ritmo de aquecimento mas cedo o grupo se separou, devido aos diferentes andamentos. O Maia e o Gouveia seguiram na frente e o Fernandes mais o Matos ficaram para trás.
Assim que passamos a Comporta, o Fernandes sentiu a necessidade de aliviar peso e encostou na estação de serviço. Alivio feito e rapidamente fez-se ao caminho à procura de apanhar o Matos. Mas este já tinha voltado para trás, preocupado com a ausência deste. A isto se chama Camaradagem!
Um pouco antes de Pinheiro da Cruz, juntou-se a nós mais três cicloturistas a caminho do sul. E como nestas coisas o convívio é o mais importante, seguimos pedalando e conversando. Acabamos por saber que dois daqueles três, iam até Odeceixo degustar um belo almoço preparado por um amigo comum aos dois.
Este grupo mantevesse junto até um pouco antes de Sines, onde a pequena inclinação da estrada, mais o vento contra, fez o estrago devido e o Matos ficou para trás. Necessariamente, também o Fernandes ficou para trás, pedalando mais devagar à espera do Matos. Mas a diferença das bicicletas fez-se notar e mesmo pedalando menos o Fernandes perdeu o Matos. Chegamos assim, cada um de sua vez a São Torpes e onde já estavam o Gouveia e o Maia, primeira área designada para o descanso. Desta vez encontramos todos a placa a dizer São Torpes!!!!!!!!
Aqui tivemos a oportunidade de ver os vários pelotões de cicloturístas a caminho do mesmo objetivo. Fomos também abordados por um senhor, que ao ver a viatura e os equipamentos do CSA, meteu conversa connosco. Era só o presidente do Núcleo de Marinheiros da zona. Mas com a conversa não ficamos a saber a zona especifica, o que é mau, pois é sempre bom estes conhecimentos.
Descanso e abastecimento feitos e seguimos rumo a sul onde se combinou mais uma paragem em Vila Nova de Milfontes.
Paramos logo a seguir à ponte, local ideal para o merecido descanso, pois daqui contemplasse a foz do rio Mira. Descansasse as pernas e alegrasse a vista!
De volta ao caminho esperava-nos a pior parte do percurso, que era a subida de Odeceixo e os 40 quilómetros finais. Julgávamos nós que estas seriam as piores partes, mas o vento da zona da Zambujeira do Mar resolveu virar norte e não fácil pedalar para sul.
Desta vez a fatura do estrago coube ao Fernandes que resolveu parar um pouco para descansar. Isto apesar do olhar desconfiado do Zé Matos, que parece que não acreditou que o homem tivesse cansado! Ele que se sentia bem, seguiu viagem, na sua pedalada certa.
E assim chegamos a Algeruz e cortamos à esquerda para os 40 quilómetros finais. Dos mais difíceis, pois, é um sobe e desce constante começando logo com uma subida das mais capazes e quando chegamos ao ficamos a deseja que não haja mais ou que ali fosse já a meta.
Sensivelmente a meio destes 40 quilómetros, o Fernandes passou uma personagem que ia em cima da bicicleta completamente de rastos, evidente pelo suor que lhe escorria como uma fonte de água e pela pedalada lenta e fraca que trazia. Mas era só as pernas que lhe pesavam, porque a boca estava bem leve e não se calava!
À conversa que o homem tinha - " e tou cheio de caimbras", " já estou assim há não sei quantos kms"," e tive uma bicicleta da marca da tua", " esses quadros da BH são muito bons"- o Fernandes acenava com a cabeça, ria-se e respondia que sim! Foi a motivação que faltava que acelerar um pouco para deixar de ouvir o homem!!!!
Chegados a Monchique esperava-nos os últimos 8 quilómetros sempre a subir. Já fizemos piores subidas que a de Monchique para a Foia, como por exemplo a de Montejunto que é mais inclinada e longa, mas faze-la aos 184kms é que a torna difícil!!
E assim chegamos ao alto da Foia e para a história ficam as peripécias e os nossos tempos:
Gouveia, 8 horas e 25 minutos a 23,05 km/h; Maia, 10 horas e 12 minutos a 19,02 km/h; Fernandes: 10 horas e 13 minutos a 18,99 km/h; Matos, 10 horas e 35 minutos a 18,33 km/h.
No nosso contexto não interessa muito os tempos e velocidades, mas gostamos sempre de saber qual foi a nossa performance.
Um agradecimento ao CSA pelo apoio da carrinha e por apostar em nós!!!